Muralismo Mexicano
Foi um movimento artístico e político originado no México durante a primeira metade do século XX.
Nesse período, o México vivia um contexto que envolvia a Revolução Mexicana, o governo autoritário de Porfírio Diaz e as consequências da Primeira Guerra e da Grande Depressão.
Seu principal objetivo era valorização da identidade mexicana. Para isso, defendia o rompimento com as influências europeias, desde os costumes do cotidiano (vestimentas e vocabulário, por exemplos), a arquitetura das cidades, até os formalismos acadêmicos - especialmente na cultura, restrita às elites.
Como cerca de 90% da população mexicana era analfabeta à época, os murais eram uma forma de ensinar a história do México enaltecendo as origens indígenas* e os trabalhadores mexicanos.
O Muralismo Mexicano tinha como inspiração as culturas maia e asteca, o folclore do período colonial e a arte popular mexicana - por isso, as cores são um elemento fundamental nos murais.
As cenas representadas eram críticas à desigualdade social, às injustiças, à fome, à exploração e à violência vividas pelos mexicanos ao longo de sua história.
O Muralismo Mexicano possuía o compromisso político de produzir e divulgar uma outra narrativa histórica sobre o México que fosse acessível a todos, através da Educação Popular.
*Os Olmecas pintavam murais coloridos com elementos de sua cultura e alguns estão preservados até hoje. Para saber mais:
Referências:
BRANDÃO, Lucas. O muralismo mexicano e os seus “tres grandes”: Rivera, Orozco e Siqueros. Disponível em:
DIONÍZIO, Daniela. O Movimento Muralista e sua expansão pela América Latina. Disponível em: https://clickmuseus.com.br/o-movimento-muralista-e-sua-expansao-pela-america-latina/
México pré-hispânico e colonial. Detalhe do Mural "Colonização, A Grande Cidade de Tenochtitlan", de Diego Rivera (1952).